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Santo Antônio de Jesus

Vulcão considerado extinto por 700 mil anos volta a dar sinais — entenda o alerta

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Um acontecimento recente gerou surpresa na comunidade científica internacional e despertou preocupação em autoridades e população local do sudeste do Irã. O vulcão Taftan, classificado como extinto há cerca de 700 mil anos voltou a mostrar sinais de atividade, desafiando conhecimentos anteriores sobre vulcanismo e levantando debates sobre os possíveis riscos.

O fenômeno foi revelado em um estudo da revista Geophysical Research Letters publicado em 2025, após uma série de observações e análises minuciosas dos dados coletados na região do vulcão em questão. Mas, afinal, o que mudou e por que acendeu o alerta mundial?

Antes de tudo, vale destacar que a classificação de um vulcão como extinto é baseada em padrões de atividade ao longo de milhares de anos. Por isso, um retorno à atividade não é apenas raro, mas também carrega uma série de implicações para a segurança da sociedade e para a compreensão do funcionamento da Terra. A seguir, entenda em detalhes o que motivou essa reclassificação e os principais desdobramentos desse alerta.

O que levou os cientistas ao novo alerta

Pesquisadores identificaram sinais incomuns no local do antigo vulcão Taftan durante análises de rotina em 2024. Equipamentos de monitoramento detectaram atividades sísmicas atípicas, além de mudanças na composição dos gases emitidos por pequenas fissuras e no aquecimento do solo nas proximidades. Como resultado, especialistas passaram a investigar a possibilidade de um eventual retorno à atividade, mesmo após centenas de milhares de anos de inatividade.

Esses dados chamaram a atenção porque, tradicionalmente, vulcões classificados como extintos dificilmente apresentam qualquer vestígio de reagudização interna. Porém, segundo geólogos do estudo, houve aumento gradual de tremores e emissões de dióxido de enxofre, indicando que o magma poderia estar, lentamente, se deslocando para áreas mais superficiais. Por isso, o chamado à vigilância foi reforçado.

Como é determinado se um vulcão é extinto ou adormecido?

A definição de um vulcão como extinto é baseada na ausência de erupções registradas em dezenas ou centenas de milhares de anos, bem como na falta de atividades residuais detectáveis, como tremores e emissões gasosas consideráveis.

No entanto, fatores geológicos podem alterar essa condição ao longo do tempo. Em contrapartida, vulcões adormecidos são aqueles que permanecem sem erupções recentes, mas ainda demonstram certo nível de energia interna identificada por sinais geofísicos ou geoquímicos.

Para determinar se esta estrutura estava realmente extinta, cientistas utilizam desde registros históricos até análises das rochas ao redor, medições sísmicas e químicas dos gases liberados. A reativação de um vulcão considerado extinto pode se dar, por exemplo, por alterações tectônicas ou anomalias profundas no manto terrestre.

Principais indícios observados nos últimos meses

Entre os sinais detectados, destacam-se:

  • Pequenos abalos sísmicos no entorno do vulcão;
  • Elevação incomum da temperatura do solo;
  • Emissão discreta de gases típicos de atividade magmática;
  • Deformações topográficas detectadas por satélites.

Todos esses indícios, analisados em conjunto, justificam o alerta emitido pela equipe de pesquisadores, alertando sobre a necessidade de monitoramento permanente.

Vulcão liberando gases em atividade com paisagem montanhosa demonstrando monitoramento vulcanológico
Entenda os critérios que cientistas usam para classificar vulcões como extintos ou adormecidos. Imagem: Freepik

Possíveis consequências para as populações e o meio ambiente

O provável retorno de atividade em um vulcão extinto traz consequências diretas e indiretas. Em primeiro lugar, há necessidade de atualização de planos de evacuação de cidades próximas e revisão das rotas de fuga caso haja aumento dos riscos. Além disso, a emissão de gases pode afetar a qualidade do ar e a saúde da população local, enquanto pequenas explosões, se acontecerem, podem alterar a geografia da região.

Segundo especialistas, a história mostra que erupções inesperadas, embora raras, geram impactos ambientais relevantes. O monitoramento contínuo pode reduzir os riscos de surpresas e contribuir para respostas rápidas de órgãos de proteção civil.

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