Segundo a tradição cristã, a Quaresma é um tempo de reflexão e preparação espiritual que precede a Páscoa, caracterizado por práticas como jejum e a renúncia ao consumo de carne.
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Já o Domingo de Páscoa, que este ano cai em 20 de abril, é considerado um dia de alegria e celebração, marcando o fim das restrições da Quaresma. No entanto, muitas pessoas têm dúvidas se a abstinência de carne ainda deve ser aplicada nessa data.
Pode comer carne no domingo de Páscoa?
Enquanto alguns dias da Quaresma e da Semana Santa exigem jejum e abstinência de carne, a Páscoa não possui restrições alimentares. Foto: Reprodução / Pexels
Diferentemente da Sexta-feira Santa, quando a abstinência de carne é observada como um ato de penitência em memória do sacrifício de Jesus, o domingo de Páscoa não possui nenhuma restrição alimentar.
Pelo contrário, é um momento de festa, no qual os fiéis podem compartilhar refeições abundantes, incluindo carnes vermelhas, como forma de celebrar a vida renovada pela ressurreição.
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A tradição cristã, especialmente na Igreja Católica, estabelece que a abstinência de carne se aplica principalmente às sextas-feiras da Quaresma e, de maneira mais rigorosa, à Quarta-feira de Cinzas e à Sexta-feira Santa.
Esses dias são dedicados à reflexão e ao sacrifício, enquanto o domingo de Páscoa representa o ápice da fé cristã, um tempo de júbilo e liberdade.
Por isso, não há qualquer impedimento para o consumo de carne nessa data, sendo comum que as famílias preparem pratos especiais em celebração à nova vida em Cristo.
Além da permissão para comer carne, o domingo de Páscoa é marcado por diversas tradições, como a missa da Ressurreição, a bênção do fogo novo e a partilha de ovos de chocolate.
Qual é a origem da Páscoa?
A Páscoa tem suas raízes em duas tradições distintas: a judaica e a cristã. Para os judeus, a Páscoa (chamada de “Pessach“) celebra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito, conforme narrado no livro do Êxodo.
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Já para os cristãos, a Páscoa representa a ressurreição de Jesus Cristo três dias após sua crucificação, tornando-se o evento central da fé cristã.
A data foi incorporada ao calendário litúrgico como forma de substituir as festividades pagãs da primavera no Hemisfério Norte, mantendo, porém, alguns simbolismos antigos.
No cristianismo, essa festividade marca o cumprimento da promessa de salvação, conforme descrito no Novo Testamento. A ressurreição de Jesus é vista como a vitória sobre a morte e o pecado, fundamentando a esperança da vida eterna para os fiéis.
Como surgiu a tradição de dar ovos de chocolate no domingo de Páscoa?
A tradição de presentear ovos durante a Páscoa remonta a costumes antigos, em que o ovo simbolizava fertilidade, renovação e vida.
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Diversas culturas, desde a Antiguidade, já utilizavam ovos em rituais de primavera, representando o renascimento da natureza. Com o cristianismo, essa simbologia foi adaptada para celebrar a ressurreição de Jesus Cristo.
Na Idade Média, ovos de galinha eram dados como presentes, mas, como seu consumo era proibido durante a Quaresma, as pessoas os decoravam e guardavam para distribuí-los no domingo de Páscoa, marcando o fim do jejum.
No século XIX, com o desenvolvimento da indústria do chocolate, surgiram os primeiros ovos doces, inicialmente na Europa. A novidade rapidamente se popularizou, transformando-se em um dos maiores símbolos da Páscoa moderna.
A simbologia do coelho
Já o coelho, outro ícone dessa celebração, tem sua origem associada à fertilidade e à abundância, assim como os ovos. Uma lenda conta que um coelho teria presenciado a ressurreição de Cristo e, para espalhar a notícia, começou a distribuir ovos coloridos.
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Essa história, apesar de folclórica, ajudou a consolidar a figura do animal como parte da festividade.
Hoje, as crianças adoram a ideia de que é um coelhinho quem traz os ovos de chocolate, misturando fantasia e tradição em uma das datas mais doces do ano.
