O Brasil é conhecido por suas belezas naturais: temos praias, florestas, montanhas e cachoeiras que encantam turistas do mundo inteiro. Mas, de vez em quando, a natureza nos oferece um espetáculo tão raro que até os próprios brasileiros ficam surpresos.
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Imagine um cenário que parece saído de filmes europeus ou de fotos das montanhas do Canadá: uma paisagem congelada, esculpida pelo frio, que transforma a água corrente em formas cristalinas e estáticas.
Esse é um fenômeno tão raro que só acontece em um único cantinho do país, quando as condições climáticas se alinham com perfeição.
Quer saber onde isso acontece e como é possível no enorme Brasil tropical? Continue lendo, porque a história é digna de admiração!
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O fenômeno natural raríssimo em uma cidade do Brasil
Em Urupema, a Cascata que Congela virou ponto turístico. Foto: Reprodução / Pexels
O nosso país não é exatamente famoso por paisagens geladas. Quando pensamos no Brasil, logo vêm à mente imagens de praias, calor, coqueiros e sol.
Mas há um cantinho no sul que guarda um espetáculo natural digno de um país invernal: uma cachoeira que congela completamente no inverno, criando formas incríveis de gelo cristalino.
Esse fenômeno raríssimo só pode ser visto em Urupema, na serra catarinense, a cidade mais fria do Brasil.
Urupema fica a mais de 1.335 metros de altitude, cercada por montanhas e araucárias, em uma região conhecida pelos invernos rigorosos.
A apenas 7 quilômetros do centro da cidade e a cerca de 200 km de Florianópolis, está a famosa Cachoeira que Congela, também chamada de Cascata que Congela.
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Ela fica a 1.580 metros de altitude, próximo ao Morro das Torres (ou Morro das Antenas), outro ponto turístico da região.
Nos dias mais frios, as temperaturas despencam tanto que a água em movimento das quedas d’água simplesmente congela, criando estalactites e esculturas naturais que parecem saídas de um conto de fadas.
Como isso acontece?
O segredo está no local onde a cachoeira se encontra: uma área quase totalmente sombreada pela vegetação típica da serra.
Como o sol praticamente não alcança a queda d’água durante o dia, o frio extremo se acumula ali.
Além disso, as próprias rochas geladas funcionam como amplificadores das baixíssimas temperaturas, mantendo o ambiente propício para o congelamento.
Quando as temperaturas de superfície ficam abaixo de zero por muito tempo, a água corrente começa a cristalizar. Não é algo que acontece todos os anos, nem durante todo o inverno. Por isso, presenciar esse fenômeno é quase como ganhar na loteria climática!
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Visitando a cachoeira congelada
Para conhecer a Cachoeira que Congela, é preciso se preparar. Não há estacionamento no local; quem quiser ver o espetáculo de perto precisa deixar o carro em um recuo na estrada e caminhar cerca de 200 metros até a base da cascata.
O percurso revela duas quedas: o primeiro nível pode ser observado diretamente da estrada de terra, enquanto o segundo nível requer uma trilha curta pelo lado esquerdo, equipada com degraus e proteção.
Ao longo do caminho, nos dias mais frios, os visitantes também encontram pequenos tesouros de inverno: barrancos cobertos de gelo e estalactites com até meio metro de comprimento.
Urupema é famosa por registrar as menores temperaturas do Brasil. Só neste ano, por exemplo, os termômetros já marcaram -0,2 ºC em abril, mas nos invernos passados, a praça central da cidade já viu -6 ºC.
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Durante as noites mais congelantes, a cidade se transforma: turistas e moradores saem às ruas para brincar na neve, fazer bonecos e, claro, visitar a famosa cachoeira congelada.
Embora a cidade não tenha infraestrutura para esportes de inverno, como esqui ou snowboard, ela oferece trilhas, caminhadas e passeios guiados em meio a cenários brancos.
É também um paraíso para fotógrafos, que encontram ali paisagens únicas e encantadoras.
