O Pix revolucionou a forma de fazer transferências no Brasil. É rápido, funciona a qualquer hora e está na palma da mão. Mas, justamente por ser tão fácil e prático, acabou se tornando alvo de criminosos que estão sempre inventando novas formas de enganar. Nos últimos meses, surgiram golpes que misturam tecnologia, pressa e manipulação emocional. E o pior: eles estão ficando mais convincentes.
Esses esquemas têm preocupado quem usa que usa o Pix diariamente para pagar contas, enviar dinheiro para familiares ou fazer compras online. Afinal, ninguém quer ter a conta invadida ou ver o saldo sumir de repente. Por isso, entender como funcionam esses golpes e saber o que fazer para se proteger faz toda a diferença. A seguir, veja os principais tipos de golpe em alta e o que é possível fazer para não cair nessa armadilha.
Como os novos golpes no Pix estão funcionando
Falsos comprovantes de Pix
Um dos truques mais usados por golpistas é o envio de comprovantes falsos. Funciona assim: o criminoso finge que comprou um produto ou serviço, envia um comprovante falso da transferência e pede que o vendedor entregue o item. Quando a pessoa confere a conta, percebe que o dinheiro nunca entrou.
Quem vende pela internet ou redes sociais precisa ficar atento e sempre conferir diretamente no aplicativo do banco se o valor realmente caiu.
Golpe da “conta bloqueada”
Outro golpe muito comum é o do falso suporte técnico. O criminoso liga ou manda mensagem dizendo que sua conta foi bloqueada e que precisa confirmar dados para liberar o acesso. A pessoa, com medo de perder o acesso ao banco, acaba entregando senhas e outras informações sigilosas.
Importante saber que banco nenhum entra em contato pedindo dados por telefone, WhatsApp ou e-mail. Se isso acontecer, desconfie na hora.
Clonagem de WhatsApp e pedidos de Pix
Neste caso, o criminoso consegue acesso ao WhatsApp da vítima e manda mensagens para amigos e familiares pedindo transferências via Pix, fingindo estar em uma situação urgente. O golpe se espalha porque muita gente acaba ajudando sem desconfiar.
A dica é sempre desconfiar de pedidos de dinheiro, mesmo quando parecem vir de pessoas conhecidas. Vale a pena ligar ou mandar uma mensagem por outro canal para confirmar.
Links falsos e páginas falsas de banco
Também têm crescido os golpes com páginas que imitam os sites e aplicativos de bancos. A vítima acessa por engano, digita os dados e acaba entregando tudo aos criminosos. Com isso, eles conseguem invadir a conta e fazer transferências por Pix.
O ideal é nunca clicar em links enviados por mensagens ou redes sociais. Prefira acessar o site do seu banco digitando o link manualmente na barra do navegador.

Imagem: Agência Brasil
Como proteger sua conta Pix sem complicações
Ative a verificação em duas etapas
Essa função exige um código extra ao acessar o aplicativo do banco. Mesmo que o criminoso tenha sua senha, não conseguirá entrar sem esse segundo código. Praticamente todos os bancos oferecem essa opção, basta ativar nas configurações do app.
Estabeleça limites de valores para transferências
Outra dica é definir um valor máximo para transferências via Pix. Assim, mesmo que alguém tente invadir sua conta, não conseguirá transferir grandes quantias de uma só vez. Isso pode dar tempo de bloquear a conta e evitar um prejuízo maior.
Não compartilhe dados bancários com ninguém
Evite enviar print de tela com saldo ou dados da conta. Criminosos podem usar essas informações para aplicar golpes ou até tentar se passar por você.
Cuidado com QR Codes
Na pressa, muita gente escaneia QR Codes sem conferir a origem. Só use esse recurso se tiver certeza de onde ele veio. Um QR Code adulterado pode redirecionar para um site falso ou até causar instalação de vírus no aparelho.
O que fazer se for vítima de um golpe no Pix


Imagem: Agência Brasil
Se alguém cair em um golpe, é importante agir rápido. O primeiro passo é avisar ao banco e explicar a situação com todos os detalhes. Muitos bancos conseguem bloquear movimentações suspeitas se forem informados a tempo.
Em seguida, vale registrar um boletim de ocorrência na delegacia — o que pode ser feito online em muitos estados. Isso ajuda na investigação e pode ser exigido pelo banco para dar sequência ao atendimento. Guardar prints, mensagens e comprovantes também pode ajudar na hora de explicar a situação.
Vale ficar atento: os golpes evoluem rápido
Os criminosos estão sempre testando novas estratégias. Do mesmo jeito que a tecnologia evolui, os golpes também se reinventam. Por isso, manter o aplicativo do banco atualizado e acompanhar as notícias sobre segurança digital é um hábito que pode evitar muitos problemas.