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Novas Regras para o Leilão de Telefonia Fixa no Brasil

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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou um rascunho de documento que detalha as regras para um leilão de telefonia fixa no Brasil. Essas novas regras entrarão em vigor em 2026 e visam uma reorganização do setor, trazendo benefícios tanto para as empresas quanto para os usuários. A seguir, exploraremos os principais pontos desse documento e como eles impactarão o mercado de telefonia fixa no país.

O Processo de Licitação

De acordo com o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, todo o processo de licitação e implementação das novas regras levará tempo, sendo improvável que seja concluído até novembro. As empresas atuais detentoras das licenças, como Oi, Claro, Vivo, Algar e Sercomtel, precisarão informar se desejam mudar o status de suas autorizações para operar. Caso nenhuma delas demonstre interesse em fazer essa mudança, o documento final com todas as regras estará pronto e será publicado em 2024. Porém, se alguma empresa demonstrar interesse, o documento será ajustado para incluir apenas as áreas de operação da empresa que optou por não fazer a mudança.

Relicitação das Áreas Concedidas

O edital divulgado pela Anatel aborda principalmente a relicitação das áreas que já foram concedidas. No entanto, é importante destacar que o edital não contempla situações em que uma operadora queira continuar oferecendo seus serviços sob regulamentação pública. Essa questão ainda está em discussão e depende da definição do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) para o próximo período.

Contexto Regional da Telefonia Fixa no Brasil

Atualmente, existem 14.823 regiões no Brasil que recebem serviços exclusivos de empresas de telefonia fixa. Com o novo edital, haverá uma diminuição na extensão das áreas sob concessão, o que resultará em uma redução de despesas para os interessados, ao mesmo tempo em que assegura a continuidade da prestação de serviço para os usuários. As regiões em processo de licitação abrangem o Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste (excluindo São Paulo), São Paulo, Sul, além das localidades entre TO, SP e SE que atualmente são atendidas pela Algar, e Londrina (Sercomtel).

Participação Pública e Modificações na Distribuição de Lotes

A participação pública no processo de licitação resultará em modificações na distribuição dos lotes. Caso não haja interesse por parte das empresas em determinadas regiões, é possível que ocorram rodadas consecutivas e a união de lotes. A proposta vencedora será aquela que utilizar menos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST).

Obrigações de Prestação de Serviço


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As empresas concedentes devem cumprir os objetivos estabelecidos pelo PGMU, que incluem fornecimento de serviços residenciais e não residenciais, em localidades urbanas e rurais, além de manter telefones públicos. Também é necessário conservar a infraestrutura de suporte atual do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC).

O PGMU VI

O PGMU VI traz algumas modificações em relação ao PGMU V. Entre as principais mudanças estão a incorporação do FUST como fonte adicional de financiamento e a eliminação do Acesso Individual Classe Especial (AICE). Além disso, o PGMU VI exclui as empresas concedentes de Longa Distância Nacional (LDN) e Longa Distância Internacional (LDI) e suas respectivas obrigações, uma vez que essas formas de STFC passarão a ser prestadas unicamente no regime privado.

Duração da Outorga e Tecnologias Permitidas

A duração prevista para a outorga será de 5 anos, com possibilidade de renovação por mais 5. A prestação do serviço poderá ocorrer através de diversas tecnologias, como cobre, fibra ótica e celular. As empresas concessionárias terão permissão para estabelecer tarifas conforme regulamentado pela Anatel e poderão utilizar recursos do FUST para cobrir os custos não recuperáveis da prestação do serviço.

Fim da Divisão Territorial

O novo edital da Anatel traz também o fim da divisão territorial do Brasil em setores, estabelecendo apenas áreas delimitadas no edital. A expectativa é que com as mudanças propostas, o mercado de telefonia fixa no Brasil se torne mais competitivo e eficiente, beneficiando tanto as empresas quanto os usuários.

Em resumo, o leilão de telefonia fixa no Brasil, regulamentado pela Anatel, trará novas regras e oportunidades para as empresas do setor. Com a participação pública no processo de licitação e a reorganização das áreas concedidas, espera-se uma melhoria nos serviços prestados aos usuários e uma maior eficiência no mercado de telefonia fixa.

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