Mudanças chegaram ao saque-aniversário do FGTS a partir deste sábado (1º). Para quem utiliza esse benefício ou cogita aderir, pode ser importante entender o que mudou, como as novas restrições afetam o acesso ao dinheiro e qual será o impacto para milhões de trabalhadores.
O objetivo das alterações é dar mais equilíbrio ao sistema, ao mesmo tempo em que impõem novas limitações para antecipação dos valores. Descubra a seguir tudo que mudou, quem será afetado e como se preparar para não ser pego de surpresa.
O que é o saque-aniversário
O saque-aniversário é uma modalidade de retirada parcial dos recursos do FGTS, criada em 2019. Ela permite ao trabalhador sacar parte do saldo de sua conta, uma vez por ano, no mês de seu aniversário. A adesão ao saque-aniversário é totalmente opcional e, desde sua implantação, ganhou muitos adeptos: dos 42 milhões de trabalhadores ativos do FGTS, mais de 21,5 milhões (51%) aderiram a essa possibilidade.
Com a criação do saque-aniversário, bancos passaram a oferecer linhas de crédito específicas, permitindo a antecipação de futuras parcelas. Até o fim de outubro, era possível solicitar a antecipação de várias parcelas ao mesmo tempo, sem limites de valor ou de operações simultâneas.
O que muda com as novas regras do saque-aniversário em 2025?

A partir deste sábado, várias restrições entram em vigor, estabelecidas pelo Conselho Curador do FGTS para o próximo ano:
- Limite de parcelas antecipadas: É possível antecipar apenas cinco parcelas nos primeiros doze meses (transição). Depois desse período, o limite cai para três parcelas por ano.
 - Operação única anual: O trabalhador só pode contratar crédito para antecipação uma vez por ano, acabando com as operações simultâneas.
 - Prazo mínimo: Os bancos só podem liberar a linha de crédito após 90 dias da opção pelo saque-aniversário.
 - Valor limitado: Agora, cada parcela antecipada terá valor entre R$ 100 e R$ 500, sendo possível antecipar até R$ 2.500 no máximo (cinco parcelas de R$ 500).
 
Impacto para quem já antecipou valores
Se o trabalhador já realizou operações de antecipação antes deste sábado, dia 1º, nada muda para esses contratos já assinados. Porém, a partir da vigência das novas regras, todos os novos pedidos de antecipação estarão sujeitos às limitações citadas.
Por que as regras mudaram?
O Ministério do Trabalho e a Caixa Econômica Federal afirmam que as alterações buscam proteger tanto o trabalhador quanto a solidez do FGTS como mecanismo de apoio à habitação, saneamento e infraestrutura. De acordo com o governo, entre 2020 e 2025, as operações de antecipação do FGTS somaram R$ 236 bilhões.
Um ponto de atenção: cerca de 70% dos que aderiram ao saque-aniversário utilizaram a antecipação do saldo junto aos bancos, fenômeno considerado preocupante.
Vantagens e desvantagens apontadas
Segundo o governo, o excesso de antecipações poderia prejudicar tanto o próprio trabalhador, que ficaria sem saldo se demitido, quanto reduzir recursos disponíveis para políticas públicas importantes.
Por outro lado, representantes do mercado financeiro argumentam que a linha de crédito atrelada ao saldo do FGTS é fonte de acesso para pessoas negativadas, oferecendo uma alternativa a quem não encontra crédito tradicional no mercado.
Perguntas frequentes
- 1. As novas regras afetam quem já antecipou parcelas?
Não, os contratos assinados antes da entrada em vigor das novas regras seguem válidos nas condições originais. - 2. Continua sendo possível adiantar várias parcelas ao mesmo tempo?
Não, o limite foi reduzido para cinco parcelas no período de transição e, posteriormente, para três parcelas por contratação. - 3. Qual o valor máximo e mínimo para cada parcela antecipada?
O mínimo é de R$ 100 e o máximo é de R$ 500 por parcela. 
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Assista ao vídeo abaixo para entender as diferenças das modalidades de saque do FGTS:
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