A Petrobras anunciou uma redução média de 1,7% no preço do gás natural vendido às distribuidoras, com validade a partir de hoje, 1º de novembro de 2025. Este reajuste, que vigorará pelos próximos três meses, deverá refletir em uma diminuição nos custos do Gás Natural Veicular (GNV) e do gás canalizado utilizado em residências e indústrias.
Segundo o informe, a medida não se aplica ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha. Saiba mais!
Fatores que influenciaram a queda de preço
A política de preços da estatal para o gás natural está diretamente ligada a duas variáveis principais: o preço do petróleo Brent e a taxa de câmbio (R$/US$). Para o trimestre que se inicia em novembro de 2025, a cotação de referência do petróleo registrou uma alta de 2,18%.
Contudo, este aumento foi compensado pela apreciação do real. No mesmo período, a moeda brasileira se valorizou 3,83% frente ao dólar. Em outras palavras, a quantia em reais necessária para comprar um dólar diminuiu, o que barateia o custo da molécula do gás. Essa combinação de fatores permitiu que o ajuste final resultasse em uma redução para as distribuidoras.
Como o novo preço chega ao consumidor?
A redução de 1,7% anunciada pela Petrobras se refere especificamente ao preço da molécula de gás na venda para as companhias distribuidoras. A Petrobras informou que o preço final do gás natural ao consumidor não se baseia apenas no valor de venda da molécula pela empresa, mas é composto por diversos outros fatores. Entre eles estão:
- Custo de transporte: Valor para levar o insumo dos pontos de produção até a distribuidora.
- Portfólio da distribuidora: Mix de contratos e fontes de suprimento de cada empresa.
- Margens de lucro: Inclui a margem da distribuidora e, no caso do GNV, dos postos de revenda.
- Tributos: Impostos federais e estaduais que incidem sobre o produto e o serviço.
As tarifas finais ao consumidor são, por fim, aprovadas pelas agências reguladoras de cada estado, que analisam a planilha de custos das distribuidoras antes de autorizar qualquer reajuste.
Acumulado de reduções e cenário atual
Com este novo ajuste, o preço médio da molécula de gás comercializada pela Petrobras para as distribuidoras acumula uma queda relevante de aproximadamente 33% desde dezembro de 2022. A medida segue uma tendência de reajustes, como a recente redução de 4,9% no preço da gasolina, também anunciada pela companhia.
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Perguntas frequentes
Qual a diferença entre o gás natural e o GLP (gás de botijão)?
O gás natural é distribuído por meio de gasodutos (encarnado) e utilizado em residências, comércios, indústrias e como combustível veicular (GNV). O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) é o popular gás de cozinha, comercializado em botijões, e possui uma política de preços completamente distinta.
Quando a redução chegará à minha conta ou à bomba de GNV?
A aplicação do reajuste para o consumidor final não é imediata. Ela depende do repasse por parte de cada distribuidora estadual e da posterior aprovação das tarifas pelas agências reguladoras locais.
Essa redução no preço é definitiva?
Não. Os contratos da Petrobras com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais. Portanto, o preço pode ser ajustado novamente, para cima ou para baixo, no próximo trimestre, de acordo com as novas cotações do dólar e do petróleo.
A redução de 1,7% será a mesma em todo o Brasil?
Não necessariamente. O percentual de 1,7% representa uma média nacional calculada pela Petrobras. A variação final para o consumidor em cada estado dependerá do contrato específico de sua distribuidora e da estrutura de custos regionais.
Por que a cotação do dólar influencia o preço do gás no Brasil?
Parte do preço da molécula do gás é atrelada ao mercado internacional de energia, que é cotado em dólar. Quando o real se valoriza frente ao dólar, o custo de aquisição em moeda nacional diminui, o que possibilita a redução de preços no mercado interno.
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