Quais são os melhores anos da vida? Um estudo publicado na revista “Social Indicators Research” revelou que existe uma fase específica da vida adulta marcada por maior felicidade e satisfação.
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A pesquisa, conduzida com mais de 17 mil pessoas em diferentes países, analisou as diversas etapas da vida, desde a infância até a velhice, para identificar quando as pessoas se sentem mais realizadas.
Com que idade somos mais felizes?

Com que idade somos mais felizes? Foto: Reprodução/Pexels
Conforme o artigo, a fase da vida em que as pessoas se consideram mais felizes é entre os 30 e 34 anos.
A autora, Begoña Álvarez, entrevistou indivíduos com 50 anos ou mais em 13 países europeus, solicitando que avaliassem retrospectivamente sua felicidade em diferentes etapas da vida.
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Os resultados apontaram uma curva de bem-estar com pico nessa faixa etária, sugerindo que, nesse período, fatores como estabilidade profissional, relações familiares e autoconhecimento contribuem para uma maior satisfação pessoal.
Além disso, o estudo revelou que, após os 20 anos, mudanças significativas — como a formação de família, avanços na carreira e maior independência — tendem a elevar o bem-estar até o ápice na casa dos 30.
Contudo, pequenas variações foram observadas entre países e gêneros, indicando que contextos culturais e individuais também desempenham um papel nessa avaliação.
A autora também ressalta que essa percepção de felicidade é subjetiva e influenciada pelas memórias dos participantes mais velhos, que podem não refletir com precisão como se sentiam na época.
O que fazer para ser mais feliz?
O Estudo de Desenvolvimento Adulto de Harvard, considerado o maior estudo sobre felicidade humana, pode fornecer algumas respostas sobre isso.
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A pesquisa acompanhou 724 homens divididos em dois grupos — 268 estudantes de Harvard e 456 jovens de bairros pobres de Boston — e, hoje, já na terceira geração, estende-se a 1.300 descendentes.
Por 85 anos, os participantes responderam a questionários detalhados a cada dois anos sobre saúde, relacionamentos, carreira e envelhecimento.
A cada cinco anos, foram coletados dados médicos, e a cada década, entrevistas profundas revelaram suas histórias de vida. Com base nisso, a pesquisa destacou os principais fatores que contribuem para uma vida mais feliz:
1. Manter-se fisicamente ativo
A prática regular de exercícios está ligada à liberação de endorfinas, neurotransmissores que promovem bem-estar.
O estudo de Harvard mostrou que participantes ativos tinham menos problemas de saúde e maior disposição ao envelhecer. Além disso, a atividade física reduz o estresse e melhora a autoestima.
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2. Cultivar hábitos saudáveis
Uma alimentação equilibrada, sono adequado e evitar vícios como tabagismo e álcool em excesso foram fatores comuns entre os participantes mais felizes e longevos. Esses hábitos protegem contra doenças crônicas e melhoram a qualidade de vida.
3. Priorizar conexões sociais
Relacionamentos próximos com familiares, amigos e parceiros são o maior preditor de felicidade. Pessoas que investem tempo em laços afetivos tendem a se sentir mais apoiadas e menos solitárias, o que reduz os riscos de depressão e declínio mental.
4. Desenvolver resiliência emocional
A capacidade de lidar com adversidades de forma madura (seja através de terapia, meditação ou autoconhecimento) ajuda a manter a saúde mental. Participantes que enfrentavam desafios sem recorrer a comportamentos destrutivos envelheciam melhor.
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5. Ter um propósito de vida
Envolver-se em atividades gratificantes, como trabalho voluntário, hobbies ou metas pessoais, aumenta a sensação de realização. O estudo mostrou que pessoas com objetivos claros eram mais satisfeitas, mesmo em idades avançadas.
6. Investir em relacionamentos de qualidade
Casamentos estáveis e amizades profundas foram associados a maior felicidade. Conflitos ocasionais não eram prejudiciais, desde que houvesse confiança e apoio mútuo.