Você já se sentiu perdido ao tentar entender alguma regra de português? O idioma é cheio de nuances e detalhes que, muitas vezes, te deixam em dúvida. Pode ser uma palavra mal colocada, um acento errado ou até uma dúvida sobre quando usar o “por que” ou “porque”. Se você já passou por isso, não está sozinho!
A língua portuguesa é uma das mais ricas, mas também uma das mais complexas. No entanto, com alguns esclarecimentos simples, essas dúvidas podem ser descomplicadas de forma eficaz. Veja a seguir 10 explicações dessas dúvidas mais comuns, para você se sentir mais seguro na hora de escrever e falar!
1. Como usar “por que” e “porque”?
A diferença entre “por que”, “porque”, “porquê” e “por que” é uma das grandes armadilhas do português. Muitas pessoas confundem essas formas e acabam escrevendo errado. Aqui está a explicação:
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Por que (separado e sem acento) é usado em perguntas. Por exemplo: “Por que você não veio ontem?”.
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Porque (junto e sem acento) é usado para explicar o motivo de algo. Exemplo: “Fui embora porque estava cansado.”
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Porquê (junto e com acento) é usado quando o “porquê” é um substantivo, ou seja, quando se refere ao motivo de algo. Exemplo: “Não entendi o porquê de sua atitude.”
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Por que (separado e sem acento) também é usado em orações subordinadas, como em: “Não sei por que motivo ele não veio.”
Essa é uma confusão que muitos cometem, mas com essa explicação simples, fica bem mais fácil entender quando usar cada uma dessas formas.
2. Usar “mau” ou “mal”?
“Mau” e “mal” são palavras de grafia parecida, mas têm significados bem diferentes. Descomplique agora essa dúvida!
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Mau (com “u”) é um adjetivo e significa o oposto de bom. Exemplo: “O mau comportamento do aluno preocupou a professora.”
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Mal (sem “u”) é um advérbio e indica uma ideia de algo ruim ou de forma errada. Exemplo: “Ele se comportou mal na escola.”
Portanto, a principal diferença é que “mau” qualifica algo, enquanto “mal” descreve como algo foi feito.
3. Acento em “pára” ou “para”?
Aqui também há confusão! O verbo “parar” e a preposição “para” são pronunciados da mesma forma, mas têm grafias diferentes.
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Para (sem acento) é uma preposição que indica direção ou finalidade. Exemplo: “Vou para a escola.”
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Pára (com acento) é a forma conjugada do verbo “parar” no presente do indicativo (em algumas situações, ele poderia ser acentuado). Mas, atenção: com a reforma ortográfica, o acento foi retirado, então o correto agora é sempre para.
Essa alteração ortográfica fez muitos se confundirem, mas agora é mais simples!
4. Uso do “a” ou “há”
Você já se perguntou se é correto usar “a” ou “há” em frases como “faz a semana que não te vejo”? Confira a seguir.
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A (sem acento) é usado para indicar tempo futuro ou distância. Exemplo: “A partir de amanhã, estarei mais tranquilo.”
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Há (com acento) é usado para indicar tempo passado. Exemplo: “Há uma semana, nos encontramos.”
Assim, a diferença está no tempo verbal que você quer transmitir: o “há” faz referência a algo que já aconteceu, enquanto o “a” é usado para algo que vai acontecer.
5. “A gente” ou “nós”?
Essa é uma dúvida bem comum, principalmente em textos informais. Em muitas situações, “a gente” pode ser substituído por “nós”, mas como escolher entre eles?
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A gente é uma expressão usada de forma coloquial, mais comum em conversas informais. Exemplo: “A gente vai ao cinema amanhã.”
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Nós é mais formal e pode ser usado quando se quer garantir um tom mais sério ou acadêmico. Exemplo: “Nós vamos ao cinema amanhã.”
Embora ambos os termos sejam corretos, “a gente” é mais usado no dia a dia, enquanto “nós” é mais comum em contextos formais.

6. “Mas” ou “mais”?
“Mas” e “mais” são palavras que têm sons parecidos, mas significados bem distintos. Veja a diferença:
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Mas é uma conjunção adversativa, ou seja, é usada para introduzir uma ideia contrária à anterior. Exemplo: “Eu queria sair, mas estava chovendo.”
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Mais é um advérbio de intensidade, usado para indicar aumento. Exemplo: “Eu quero mais comida.”
A confusão entre essas duas palavras é bastante comum, mas basta lembrar que “mas” é para contrastar e “mais” é para aumentar.
7. “Em vez de” ou “ao invés de”?
A dúvida entre “em vez de” e “ao invés de” é uma das mais frequentes. Vamos esclarecer:
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Em vez de é o mais correto e significa troca, substituição. Exemplo: “Prefiro ir ao parque em vez de ficar em casa.”
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Ao invés de é uma expressão mais antiga e significa oposição ou contraste. Exemplo: “Ao invés de reclamar, procure uma solução.”
Embora ambos sejam usados, “em vez de” é o mais adequado em termos de norma culta.
8. Uso do “se” e “sê”
Muitas pessoas se confundem na hora de escrever as palavras “se” e “sê”, que, apesar de parecidas, têm usos bem distintos.
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Se é uma conjunção ou pronome reflexivo. Exemplo: “Se eu soubesse, teria feito diferente.”
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Sê é a forma do verbo “ser” no imperativo. Exemplo: “Sê responsável em suas escolhas.”
Essa confusão é comum, mas com essa explicação, fica claro quando usar cada uma.
9. Uso de “há” ou “faz” para indicar tempo
Essa dúvida é bastante simples de entender. Ambas as expressões podem ser usadas para indicar tempo, mas com pequenas diferenças.
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Há é utilizado para indicar algo que ocorreu no passado. Exemplo: “Há muitos anos, morávamos em outra cidade.”
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Faz também indica o tempo passado, mas de maneira mais coloquial. Exemplo: “Faz dois dias que eu vi aquele filme.”
Ambos estão corretos, mas “há” é mais formal, enquanto “faz” é mais informal.
10. Uso de “mim” ou “eu”
A diferença entre “mim” e “eu” também pode causar confusão, especialmente quando os dois se referem à mesma pessoa. Veja:
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Eu é usado como sujeito da frase, ou seja, quem realiza a ação. Exemplo: “Eu fui ao mercado.”
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Mim é usado como complemento de uma ação. Exemplo: “Ela falou comigo.”
A escolha entre “mim” e “eu” depende da função que a palavra exerce na frase.
É normal se sentir confuso com algumas regras do português, especialmente quando se está começando a escrever ou a estudar mais a fundo. Com o tempo e a prática, no entanto, essas dúvidas vão se tornando mais fáceis de resolver.
Agora, fica a pergunta: como essas pequenas mudanças podem ajudar a melhorar sua comunicação no dia a dia? Que tal testar e ver a diferença que uma boa escrita pode fazer?
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