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Curiosidade: O café mais caro do mundo é feito do cocô de um mamífero

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O universo do café reserva surpresas para quem gosta de sabores exóticos e histórias curiosas. Um exemplo é o kopi luwak, conhecido como o café mais caro do mundo, cuja origem desperta admiração e espanto em muitos consumidores.

Produzido a partir de grãos extraídos das fezes de um mamífero chamado civeta, o processo dá ao café características únicas e um valor de mercado que pode chegar a R$ 14 mil o quilo em 2025.

Afinal, o que faz esse café valer tanto? O que torna seu sabor tão diferente dos demais? Entender a trajetória do kopi luwak pode mudar a forma como você vê a bebida que acompanha tantas mesas brasileiras.

Como surgiu o café kopi luwak

O café kopi luwak surgiu na Indonésia, mais precisamente nas ilhas de Sumatra, Java e Sulawesi. Durante o período colonial, trabalhadores locais descobriram que as civetas, mamíferos nativos da região e parecidos com pequenos gatos, se alimentavam dos frutos do cafezeiro, mas excretavam os grãos praticamente intactos. Curiosos, resolveram colher, limpar e torrar esses grãos, dando origem a um café com sabor diferenciado e apreciado até hoje por especialistas.

Rapidamente, o kopi luwak ganhou fama internacional. Países da Ásia, como Filipinas e Vietnã, também passaram a produzir a bebida, valorizando o método natural da fermentação realizada no trato digestivo do animal.

Processo de produção: da natureza à xícara

A produção do kopi luwak começa quando a civeta se alimenta dos frutos maduros do café. O sistema digestivo do animal digere a polpa do fruto, mas os grãos passam ilesos, sofrendo, no entanto, uma fermentação natural provocada por enzimas presentes no estômago.

Esse processo dura entre 10 e 13 horas e altera aspectos químicos do grão, como diminuição do amargor, aumento da suavidade e aroma mais complexo.

Após serem eliminados, os grãos ainda precisam passar por uma limpeza e secagem antes de serem torrados e, finalmente, moídos para o preparo da bebida.

O que diferencia o sabor do kopi luwak

Diversos estudos científicos analisaram as transformações químicas dos grãos durante a digestão da civeta. Pesquisas realizadas em 2025 revelaram que o kopi luwak possui menos proteínas e mais gorduras do que cafés comuns, características que acentuam o aroma e conferem notas sensoriais únicas à bebida.

O resultado é um café de acidez baixa, grande corpo e nuances que remetem a laticínios, graças à presença de ácidos graxos específicos.

Outro dado interessante: o kopi luwak tem uma concentração maior de antioxidantes e um perfil distinto de aminoácidos. Esses fatores tornam o sabor mais suave e menos amargo.

A civeta: o mamífero responsável pelo café mais caro do mundo

A civeta, conhecida cientificamente como Paradoxurus hermaphroditus, é um mamífero de hábitos noturnos, nativo do sudeste asiático e da Oceania. Apesar de lembrar um gato, seu comportamento e dieta são diferentes: alimenta-se principalmente de frutas, entre elas o café. Por selecionar apenas os frutos mais maduros para comer, a civeta desempenha um papel fundamental na seleção dos melhores grãos para o kopi luwak.

Civeta asiática ao lado de cerejas de café durante processo de seleção natural
Conheça a civeta, o mamífero responsável pelo café mais caro do mundo. Imagem: Revista Sabores do Sul

Mercado e preço do kopi luwak em 2025

Em 2025, o kopi luwak segue ocupando o topo do ranking de cafés mais caros do mundo, com preços que variam entre R$ 12 mil e R$ 14 mil o quilo, dependendo da origem e do método de produção.

Uma xícara pode custar de R$ 160 a R$ 400 em cafeterias internacionais especializadas. Fatores como produção limitada, método artesanal e a exclusividade dos lotes contribuem para esse valor elevado.

No Brasil, o consumo de cafés especiais cresce anualmente, mas o kopi luwak ainda é uma raridade nas cafeterias de alto padrão, reservado a conhecedores e curiosos dispostos a investir em uma experiência única.

Kopi luwak e curiosidades sobre alimentos de origem animal

Apesar da origem inusitada, o kopi luwak não é o único alimento curioso envolvendo animais no processo de produção. Queijos tradicionais europeus, por exemplo, usam enzimas extraídas do estômago de cabras e bezerros. Até mesmo o mel, tão consumido no dia a dia, é resultado de um processo biológico peculiar realizado pelas abelhas.

Por que experimentar o kopi luwak ao menos uma vez?

Muitos torcem o nariz ao saber da origem do kopi luwak, mas para os entusiastas do café, experimentar essa iguaria se transforma num episódio à parte. Trata-se de ultrapassar barreiras culturais e desafiar o paladar em busca de algo marcante. O sabor complexo e o aroma diferenciado justificam, para muitos, o valor elevado cobrado por esse produto raro.

Continue no Notícias Concursos e confira outras curiosidades.

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