Prepare-se para um espetáculo celestial raro no Brasil: o cometa C/2025 A6 Lemmon, o mais brilhante de 2025, está prestes a passar mais perto da Terra. Diversos brasileiros terão a chance de presenciar esse fenômeno, visível a olho nu em grande parte do país entre outubro e novembro.
Descoberto no início de 2025 pelo observatório Mount Lemmon, nos Estados Unidos, o cometa Lemmon já se destaca como o astro mais fácil de ser observado neste ano, devido ao seu brilho intenso e órbita favorável.
Em meio à correria do dia a dia, tirar um momento para olhar para o céu pode ser uma experiência surpreendente — especialmente sabendo que esse visitante cósmico só retornará em 1.300 anos!
Saiba quando, onde e como acompanhar o cometa enquanto ele cruza os céus do Brasil.
Descobrindo o Lemmon: Um cometa para não esquecer
O cometa C/2025 A6 Lemmon atingiu sua máxima proximidade com a Terra em 21 de outubro, chegando a cerca de 90 milhões de quilômetros de distância antes de seguir em direção ao Sol. Seu nome é uma homenagem ao local de sua descoberta, o observatório Mount Lemmon, conhecido por identificar outros corpos celestes semelhantes nos últimos anos.
Diferente de outros cometas que passam despercebidos, o Lemmon foi destacado pela Royal Astronomical Society como o grande astro de 2025. Após contornar o Sol no começo de novembro, ele começará a se afastar.
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Quando e onde ver o cometa mais brilhante em 2025
O período mais aguardado para observação será entre 25 de outubro e 12 de novembro, com destaque especial nas noites de 2 a 8 de novembro: é quando o Lemmon atinge o ápice de luminosidade. O horário ideal é logo após o pôr do sol, das 18h30 às 20h, no horizonte oeste.
O cometa estará próximo das constelações de Escorpião e Libra, acompanhado de Marte, Mercúrio e da estrela Antares. A Lua Nova, no final de outubro, ajuda proporcionando um céu mais escuro; porém, atenção: a Lua Cheia em 5 de novembro pode dificultar um pouco a visualização devido à luminosidade extra.
Dicas de observação: como aproveitar ao máximo o espetáculo
Para ver o Lemmon com nitidez, busque horários logo após o pôr do sol e procure áreas afastadas de centros urbanos, onde a poluição luminosa é quase inexistente. Em zonas rurais, o cometa deve ser reconhecido como um ponto esverdeado e difuso, destacando-se facilmente das estrelas ao redor.
Binóculos ou pequenos telescópios podem ajudar a visualizar detalhes da cauda e das nuances de cor. Quem gosta de fotografia astronômica pode aproveitar câmeras com exposição longa para registrar imagens. Um fator que faz diferença é dar tempo aos olhos para se adaptar ao escuro: cerca de 15 a 20 minutos longe de telas e luzes artificiais aumentam bastante a capacidade de ver detalhes no céu.
Aplicativos populares, como Stellarium e Star Walk, auxiliam na localização da posição exata do cometa, considerando o horário e a região do observador.
O que torna o Lemmon tão especial?

Imagem: National Geographic
O Lemmon chama atenção pelo brilho e sua tonalidade esverdeada, resultado de compostos como carbono diatômico (C?) e cianogênio presentes em sua composição. Expostos à radiação solar, esses gases emitem luz verde e criam a aparência que todos admiram. Já a cauda azulada deve-se às partículas de gelo e íons que reagem à luz do Sol.
Apelidado de “bola de neve cósmica”, o núcleo do cometa possui poeira e gelo. A proximidade com o Sol faz parte desse material evaporar, formando a coma, a nuvem difusa envolta do núcleo. O vento solar empurra gases e partículas, criando a cauda que, por sua vez, sempre aponta para longe do Sol.
No contexto astronômico, o cometa Lemmon apresenta um comportamento dinâmico: seu brilho e formato podem mudar em questão de horas, variando conforme o calor solar e a liberação de materiais em sua superfície.
Origem e legado: uma relíquia do Sistema Solar
Astrônomos acreditam que o cometa Lemmon tem origem no Cinturão de Kuiper, região além de Netuno repleta de corpos gelados e considerada um verdadeiro “baú do tempo” remanescente da formação do Sistema Solar, há bilhões de anos. Esses corpos preservam a composição primordial de poeira e gelo que existia quando os planetas surgiram.
Durante seu rápido passeio pelo céu, o Lemmon coincide com a famosa chuva de meteoros Orionídeas, ativa entre 2 de outubro e 7 de novembro. Esse fenômeno, resultado da passagem de fragmentos do cometa Halley pela atmosfera terrestre, proporciona um show à parte para quem estiver acompanhando os eventos astronômicos do período.
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Dicas finais para observadores iniciantes e experientes
Quem deseja aproveitar ao máximo a observação precisa escolher um local com horizonte livre, sem prédios, montanhas ou árvores, e se posicionar alguns minutos antes do pôr do sol. Celulares e lanternas podem comprometer sua “visão noturna”, portanto, desligue-os para uma experiência melhor.
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Perguntas frequentes
- Quando o cometa Lemmon poderá ser visto no Brasil? Entre 25 de outubro e 12 de novembro de 2025, com destaque para as noites de 2 a 8 de novembro.
- O cometa mais brilhante será visível a olho nu? Sim, especialmente em regiões com pouca poluição luminosa e durante o horário recomendado, logo após o pôr do sol.
- Qual o horário ideal para observar o Lemmon? Entre 18h30 e 20h, sempre olhando na direção do horizonte oeste.
- Onde encontrar informações sobre o cometa? Aplicativos como Stellarium e Star Walk ajudam na localização do cometa em tempo real.
- O que ocasiona o brilho esverdeado do Lemmon? A cor se deve ao carbono diatômico (C?) e cianogênio presentes em sua composição, que brilham sob a luz solar.
- O cometa Lemmon passa próximo à Terra com frequência? Não. Após esta passagem, ele só retornará daqui a aproximadamente 1.300 anos.
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