Desde a descoberta de Plutão em 1930, muitas crianças aprenderam que o Sistema Solar tinha nove planetas.
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Mas, em 2006, a astronomia moderna nos surpreendeu ao reclassificar Plutão como um planeta anão, fazendo com que nosso sistema planetário oficial passasse a ter apenas oito membros.
Mas como memorizar a nova ordem dos astros? Para isso, podemos recorrer a um truque milenar e infalível: os mnemônicos. Trata-se de uma técnica de memorização que transforma informações complexas em frases ou palavras mais fáceis de guardar.
Qual é a frase para memorizar a ordem dos planetas?

Mnemônicos ajudam a memorizar informações como a ordem dos planetas de forma criativa e eficiente. Foto: Reprodução / Pixabay
Para lembrar a sequência correta dos planetas (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), você pode usar a frase: “Meu Velho Tio Marcos Já Sabe Usar Notebook“, onde cada palavra começa com a mesma letra dos planetas na ordem certa (M-V-T-M-J-S-U-N).
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Esse método transforma uma lista complexa em algo fácil e divertido de memorizar, especialmente para estudantes ou curiosos sobre astronomia. Além disso, existem outras opções igualmente criativas:
- “Minha Velha Traga Meu Jantar: Sopa, Uva, Nozes”;
- “Minha Vó Tricota Meias Justas Sem Usar Novelos”;
- “Mário Viaja Todo Mês Jurando Ser Um Nômade”;
- “Meu Vizinho Tadeu Me Julga Sendo Um Nerd”;
- “Meu Violão Tocou Música Jazz Sob Um Navio”;
- “Muito Veloz Trafega Meu Jipe Sobre Uma Nuvem”;
- “Messi Vira Técnico, Maradona Joga Sem Uniforme Novo”;
- “Maria Viu Tartarugas Mergulhando Juntas Sob Um Navio”.
Como os mnemônicos ajudam a lembrar o que aprendemos?
Os mnemônicos são estratégias eficazes para aprimorar a memória porque utilizam associações criativas e estruturas já conhecidas pelo cérebro, facilitando a codificação e a recuperação de informações.
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Eles funcionam especialmente bem para memorizar listas, sequências ou conceitos complexos, como nomes de capitais ou termos médicos, ao vincular os dados novos a imagens, ritmos ou padrões familiares.
Uma pesquisa publicada no “Ugeskrift for Laeger” destaca que essas técnicas ativam caminhos alternativos de aprendizagem e, inclusive, superam a memorização mecânica ao transformar informações abstratas em representações concretas e significativas.
Dessa forma, os mnemônicos não só organizam o conhecimento de maneira acessível, mas também reduzem a carga cognitiva, tornando-os valiosos na hora do estudo.
Dica extra: crie seus próprios mnemônicos
Criar mnemônicos personalizados é mais eficaz para a memorização do que utilizar aqueles prontos, pois as associações feitas por você têm um significado pessoal mais forte.
Um estudo publicado no “Journal of Experimental Psychology Applied” demonstrou que alunos que elaboravam seus próprios mnemônicos para conteúdos de química tinham uma recordação significativamente maior em comparação com aqueles que usavam códigos criados por outros.
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Isso ocorre porque o processo de geração exige um processamento mais profundo da informação, transformando conceitos abstratos em representações significativas e conectando-os a conhecimentos prévios.
Por fim, a pesquisa destacou que a eficácia dos mnemônicos autogerados não está apenas na facilidade de lembrá-los, mas no esforço cognitivo envolvido em sua criação.
Quando uma pessoa desenvolve suas próprias associações, ela estabelece conexões mentais mais sólidas, o que melhora a retenção a longo prazo.