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7 tesouros da arte brasileira que não estão no Brasil

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É impressionante saber que algumas das obras de arte brasileiras mais famosas estão em museus e coleções por todo o mundo. Embora seja natural que artistas brasileiros sejam reconhecidos lá fora, muitos sentem falta de ver essas peças aqui no Brasil. Entender onde essas criações estão, quem as fez e o quanto sua ausência afeta o patrimônio cultural brasileiro é muito importante.

A seguir, serão apresentadas sete obras brasileiras que estão fora do país, revelando histórias e curiosidades sobre os artistas clássicos e contemporâneos que as criaram!

Os sete tesouros fora do Brasil

1. “Abaporu”, de Tarsila do Amaral

Considerada uma das mais relevantes pinturas do modernismo brasileiro, Abaporu (1928) está exposta permanentemente no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (MALBA). Símbolo do Manifesto Antropofágico, a tela foi comprada por um colecionador argentino nos anos 1990, alcançando reconhecimento mundial e tornando-se objeto de desejo de diversos museus.

Pintura 'Abaporu' de Tarsila do Amaral, representando uma figura humana solitária sentada, com pernas e pés grandes, ao lado de um cacto sob um sol amarelo em fundo azul, símbolo do Modernismo Brasileiro.
A tela ‘Abaporu’, de Tarsila do Amaral, é considerada um marco do Modernismo no Brasil e o principal símbolo do Manifesto Antropofágico de 1928. Imagem: Pinterest

2. “Guerra e Paz”, de Candido Portinari

Os impressionantes painéis “Guerra e Paz”, produzidos em 1957 por Portinari, são um presente do governo brasileiro à sede da ONU em Nova York. Desde 2015, os visitantes podem agendar visitas guiadas para visualizar de perto essa expressão monumental da busca pela harmonia entre nações, um marco para o patrimônio cultural internacional.

3. “A Lua”, de Tarsila do Amaral

A segunda pintura de Tarsila nesta lista, “A Lua”, integra a coleção do MoMA, em Nova York, adquirida por 20 milhões de dólares no ápice da valorização das obras brasileiras no exterior. Com traços delicados que remetem ao sonho, a peça faz parte da reputada ala “Paris 1920”, mostrando a integração da artista à cena internacional.

Pintura 'A Lua' de Tarsila do Amaral, com a figura solitária e escura sentada sob uma lua crescente amarela em um cenário noturno de nuvens brancas e azuis, exposta no MoMA.
Parte da fase ‘Paris 1920’ da artista, a obra ‘A Lua’ é um dos grandes destaques do Modernismo Brasileiro em coleções internacionais, integrando o acervo permanente do MoMA, em Nova York. Imagem: Pinterest

4. “Swimming Pool”, de Adriana Varejão

A artista plástica carioca Adriana Varejão expôs no Museu de Arte Contemporânea Hara, em Tóquio, onde a obra “Swimming Pool” permanece na coleção permanente.

A peça destaca elementos de identidade brasileira em diálogo com a cultura oriental, exemplificando os intercâmbios existentes no circuito mundial de museus internacionais.

5. “Babel”, de Cildo Meireles

Presente na exposição permanente do Tate Modern, em Londres, “Babel” (2001) é uma torre de cinco metros feita com 800 rádios ligados em diferentes estações. Essa instalação provoca reflexões sobre comunicação e fragmentação cultural, sendo referência na arte.

Instalação 'Babel' de Cildo Meireles, uma grande torre cilíndrica de 5 metros de altura feita com centenas de rádios antigos empilhados, em exposição na Tate Modern, Londres.
A ‘Babel’ de Cildo Meireles, uma instalação de 5 metros feita com rádios sintonizados em diferentes estações, simboliza a falha de comunicação moderna. A obra foi adquirida em 2013 pela Tate Modern, em Londres. Imagem: Pinterest

6. Mural “Nações Unidas Nova York”, de Eduardo Kobra

O muralista paulistano Eduardo Kobra criou, em 2022, uma pintura monumental na sede da ONU, abordando temas ambientais. Com mais de três mil murais no currículo, Kobra elevou as obras brasileiras à discussão global, demonstrando como artistas contemporâneos podem transformar espaços públicos em pontos de debate sobre o futuro.

7. “Danse populaire brésilienne”, de Di Cavalcanti

A pintura “Danse populaire brésilienne”, de Di Cavalcanti, é um exemplar da arte moderna brasileira que se fixou permanentemente no exterior. A obra foi pintada em Paris, em 1937, durante o período em que o artista morava na cidade.

O quadro, que retrata o cotidiano de mulheres brasileiras, foi adquirido pelo governo francês após uma exposição na cidade, possivelmente graças à influência de figuras como André Dezarrois. A tela encontra-se hoje no acervo do Museu de Arte Moderna de Paris.

Pintura 'Danse populaire brésilienne' de Di Cavalcanti, retratando um grupo de homens e mulheres em uma cena de festa popular ou rural, com vestimentas simples e cores terrosas.
Pintada em Paris, em 1937, ‘Danse populaire brésilienne’ de Di Cavalcanti captura o cotidiano e as cenas populares brasileiras. A obra foi adquirida pelo governo francês e integra o acervo do Museu de Arte Moderna de Paris. Imagem: Centre Pompidou

Como essas obras foram parar fora do Brasil?

A dispersão dessas obras ocorreu por caminhos variados: vendas em leilões, doações oficiais do governo, empréstimos para exposições internacionais e, por vezes, até negociações controversas.

O movimento crescente de artistas nacionais para o circuito global desde o século XX intensificou esse fenômeno, levando a uma percepção de que parte importante do patrimônio cultural brasileiro agora embeleza outras nações.

Principais artistas representados

Dentre os nomes mais influentes que compõem a exportação artística nacional, Tarsila do Amaral e Candido Portinari despontam por sua importância histórica. Ao lado deles estão artistas contemporâneos como Cildo Meireles, Adriana Varejão e Eduardo Kobra.

Museus internacionais onde estão localizadas

Os destinos dessas obras incluem instituições de renome global, como o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, o MoMA de Nova York, o Tate Modern de Londres, a sede da ONU em Nova York o Museu Hara em Tóquio. Tais espaços reafirmam o prestígio da arte brasileira em escala planetária.

Campanhas de repatriação e debates atuais (2025)

Em 2025, as campanhas de repatriação permanecem ativas, com movimentos organizados por instituições públicas e privadas. Houve protestos, petições e fóruns internacionais, porém a complexidade jurídica ainda é um desafio.

O debate se intensificou e novos acordos entre museus e governos estrangeiros estão sendo negociados, buscando ampliar o acesso do público brasileiro ao seu patrimônio.

E você, já teve oportunidade de ver esses tesouros de perto?

Seja viajando ou acompanhando pelas redes e exposições virtuais, as obras brasileiras espalhadas pelo mundo lembram a força criativa do povo brasileiro. Qual dessas peças você gostaria que voltasse ao país? Compartilhe sua opinião, e mantenha-se atento às novidades do universo artístico.

Acompanhe as próximas movimentações e não perca a chance de redescobrir a arte nacional em novos contextos! Para continuar por dentro de todas as novidades sobre cultura, concursos e oportunidades, acesse o Notícias Concursos.

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