O debate acerca do fim da tradicional escala 6×1 no Brasil ganhou força com a recente apresentação de projetos de lei pelo governo federal, buscando limitar a carga semanal de trabalho a 40 horas. Essa movimentação gera discussões intensas no meio trabalhista e empresarial, refletindo preocupações de milhões de trabalhadores que atuam sob este regime.
Entender o que está em jogo pode ser fundamental para quem vive essa rotina ou acompanha o tema no país. Para conferir todos os detalhes, continue lendo.
O que é a escala 6×1 e por que ela é alvo de debates?
A escala 6×1 refere-se ao modelo em que o funcionário trabalha por seis dias consecutivos e tem direito a apenas um dia de descanso. Esse formato, comum em setores como comércio, saúde e serviços, permitiu flexibilidade para empresas, mas também trouxe desgastes e reclamações por parte dos profissionais. A discussão sobre sua atualização vem ganhando espaço há anos, mas agora encontra respaldo em novas propostas legislativas.
Principais mudanças nos projetos apresentados pelo governo

Com o objetivo de substituir o modelo atual da escala 6×1, em que o trabalhador atua por seis dias consecutivos e descansa um, o governo apresentou projetos de lei para alinhar o Brasil a outros países que já adotam 40 horas semanais. As propostas desenhadas pelo Executivo preveem a extinção explícita da escala, dando lugar a um regime de trabalho 5×2, com oito horas diárias e dois dias consecutivos de descanso.
No centro das propostas está a defesa de que a semana de trabalho deva ser composta por 40 horas, promovendo equilíbrio entre vida profissional e pessoal. O texto do governo também estabelece que, a partir de 2027, haverá transição para uma carga semanal de 42 horas, com redução para 40 horas a partir de 2028. Uma das garantias incluídas é a proibição de acordos individuais que flexibilizem direitos, reforçando apenas negociações coletivas validadas por sindicatos.
Regras sobre descanso, salário e acordos coletivos
Outro ponto é o aumento do descanso semanal: a proposta sugere dois dias consecutivos de folga, com a obrigatoriedade de pelo menos um domingo de descanso a cada três semanas.
Sobre remuneração, os projetos do Planalto deixam claro que não será permitida nenhuma redução salarial decorrente da nova escala semanal. A garantia é vista como essencial para assegurar que a transição não resulte em prejuízos financeiros para os empregados.
Comparação entre propostas: governo x relator da subcomissão
Enquanto o governo defende o fim imediato da escala 6×1, o texto do relator Luiz Gastão, ainda considerado na subcomissão, propõe apenas uma redução gradual da carga horária: 42 horas no primeiro ano, 41 no segundo e 40 no terceiro, sem abolir totalmente o sistema atual. Ele também sugere desoneração da folha para empresas com elevado número de funcionários, buscando amortecer possíveis impactos econômicos das alterações.
Por outro lado, o governo entende que a abordagem gradual do relator não responde à expectativa criada na sociedade e especialmente entre os trabalhadores que reivindicam mudanças há anos.
O ministro Guilherme Boulos, escolhido diretamente pelo presidente Lula, terá papel estratégico ao defender pessoalmente o parecer do governo na Câmara dos Deputados.
Perguntas frequentes
- O que é a proposta do governo sobre a escala 6×1?
A proposta busca substituir a escala 6×1 pela adoção do limite de 40 horas semanais, privilegiando a escala 5×2, onde o trabalhador teria dois dias de descanso na semana. - A escala 5×2 será obrigatória?
Ela deve se tornar padrão para a maioria dos setores, mas exceções poderão ser negociadas em casos específicos.
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