No aniversário de 35 anos do Sistema Único de Saúde, o SUS adota um dos métodos contraceptivos mais modernos e eficazes: o Implanon. Esse novo recurso promete transformar o acesso ao controle reprodutivo no Brasil, ampliando opções para milhares de mulheres que buscam soluções seguras, duradouras e, finalmente, acessíveis sem custos.
O implante subdérmico já está disponível em hospitais e unidades de saúde pública, marcando um novo capítulo da saúde da mulher neste país. Mas afinal: como funciona o Implanon, quem pode receber o implante gratuitamente e quais são os passos para ter acesso a esse método pelo SUS? A seguir, descubra tudo que você precisa saber sobre a novidade.
Como o Implanon chega ao SUS em 2025?
No dia 19 de setembro de 2025, o Ministério da Saúde recebeu mais de 100 mil unidades do Implanon, no aeroporto de Guarulhos, acompanhado pelo ministro Alexandre Padilha. A entrega faz parte de um investimento de cerca de R$ 224 milhões, com previsão de distribuição de 500 mil implantes até o fim deste ano e 1,8 milhão até 2026. A distribuição prioriza estados e regiões com maior vulnerabilidade, incluindo áreas com índices elevados de gravidez na adolescência.
Além dos dispositivos, 100 kits para treinamento de profissionais também foram entregues. Os treinamentos acontecem entre outubro e dezembro de 2025, habilitando médicos e enfermeiros para realizar a inserção correta do implante nas unidades do SUS.
O que é o Implanon e como funciona?
O Implanon é um pequeno bastão flexível de plástico, quase imperceptível sob a pele, contendo 68mg de etonogestrel — um hormônio que inibe a ovulação e impede a gravidez. Esse implante hormonal é inserido no braço, geralmente por um profissional treinado, e permanece ativo por até três anos. Durante esse período, não há necessidade de trocas, visitas mensais ou lembretes diários, como acontece com outros métodos.
Por que escolher o Implanon?
O maior benefício é a alta eficácia — comparável ao da laqueadura, mas com total reversibilidade. Ao contrário de pílulas e injeções, este método não depende de uso contínuo ou correto por parte da mulher, reduzindo riscos de falha relacionados ao esquecimento. Após a retirada, a fertilidade retorna, o que garante livre escolha e flexibilidade.
Entre seus diferenciais, destaca-se a segurança, já que o dispositivo possui registro sanitário da Anvisa e é utilizado em diversos países.
Quem pode receber o implante gratuitamente?

Imagem: Agência Brasil
O Implanon está disponível no SUS inicialmente para mulheres em idade fértil, entre 15 e 49 anos, com prioridade para adolescentes e pessoas em situação de vulnerabilidade social. Para ter acesso, é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e agendar uma avaliação com um especialista.
Como é feita a indicação?
No atendimento, o profissional de saúde vai avaliar o histórico e as necessidades da paciente, esclarecendo todas as dúvidas e apresentando outras opções disponíveis pelo sistema público, como DIU, pílulas ou injetáveis. Após a escolha do contraceptivo gratuito, será agendada a inserção. A consulta é individualizada para garantir segurança e bem-estar em cada caso.
Vantagens do Implanon em relação a outros métodos
O Implanon faz parte dos chamados LARCs (Métodos Reversíveis de Longa Duração), grupo que também inclui o DIU de cobre. Diferente da pílula e de anticoncepcionais injetáveis, o risco de falha é mínimo, já que dispensa o uso diário ou mensal. Além disso, não interfere com relações sexuais, não afeta a amamentação e pode ser usado por quem não tolera estrogênio.
Entre os métodos oferecidos no SUS, apenas DIU e, agora, o Implanon são considerados LARCs. A escolha do melhor método depende do perfil e preferência de cada mulher, e deve ser acompanhada por um profissional qualificado.
Proteção adicional?
Vale lembrar que, apesar de eficaz na prevenção da gravidez, o implante subdérmico não protege contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Por isso, o uso de preservativos continua recomendado em todas as relações.
Investimento, distribuição e expectativas para o futuro
Com a chegada do Implanon ao SUS, espera-se uma redução significativa nos índices de gravidez não planejada e mortalidade materna no país. O planejamento reprodutivo torna-se mais acessível, humanizado e seguro. Estados e municípios também passam a contar com apoio federal para treinamento de equipes e orientação sobre o uso correto do método.
Os próximos meses serão de divulgação, com a distribuição intensiva do anticoncepcional para atender diferentes contextos regionais, especialmente onde o acesso sempre foi precário. A expectativa é que, até o fim de 2026, quase dois milhões de beneficiárias recebam o implante gratuitamente.
O que considerar antes de optar pelo Implanon?
Apesar de ser uma ótima solução para muitas mulheres, o acompanhamento após a inserção é parte fundamental para o sucesso do método. Caso haja efeitos colaterais ou dúvidas sobre sintomas, a orientação é retornar à UBS ou à unidade de saúde. O dispositivo é removido facilmente, e o retorno da fertilidade é imediato.
Consulte sempre um profissional de confiança antes de optar por qualquer implante hormonal. E para ficar por dentro de outras novidades, acesse o portal Notícias Concursos todos os dias.
Perguntas frequentes
- O Implanon pode ser utilizado por adolescentes? Sim, o método é indicado para adolescentes a partir de 15 anos, sempre após avaliação e consentimento em consulta no SUS.
- A aplicação do Implanon dói? O procedimento é simples e feito com anestesia local, o que minimiza qualquer desconforto.
- O que fazer se houver efeitos colaterais? Procure imediatamente a unidade de saúde para avaliação. O profissional orientará sobre a melhor conduta.
- O SUS cobre eventual remoção do implante? Sim. Tanto a inserção quanto a retirada do dispositivo são gratuitas pelo SUS.
- Posso engravidar rapidamente após remover o Implanon? Sim, a fertilidade geralmente é retomada logo após a remoção do implante.
- Existe lista de espera para o procedimento? Pode haver demanda em algumas regiões, mas o objetivo do SUS é ampliar o acesso gradualmente.
- Posso usar Implanon enquanto amamento? Sim, ele pode ser utilizado por mulheres que amamentam, com orientação médica.
- Quem não pode usar este método? Mulheres com algumas condições de saúde, como problemas hepáticos graves, podem não ser indicadas ao uso. Consulte sempre o especialista.
- O Implanon substitui o uso de camisinha? Não, ele não protege contra ISTs, então a camisinha segue indispensável nas relações sexuais.
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