A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) trouxe mudanças na concessão do auxílio-doença, impactando diretamente milhares de trabalhadores brasileiros.
Essa medida permite que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) defina uma data para o fim automático do benefício, sem necessidade de nova perícia médica.
Com a alteração, cresce a sensação de urgência, preocupação e dúvida entre segurados que precisam desse amparo para enfrentar problemas de saúde temporários.
Entender como essa mudança funciona e o que muda na prática é fundamental para quem depende da proteção previdenciária durante períodos de incapacidade. Veja a seguir!
O que mudou com a decisão do STF?
O plenário do STF validou, por unanimidade, a regra que autoriza o encerramento automático do auxílio-doença concedido pelo INSS após 120 dias.
Essa determinação elimina a exigência de uma nova perícia médica ao fim do prazo definido, colocando a responsabilidade sobre o próprio beneficiário de acompanhar e, caso necessário, solicitar a prorrogação do auxílio.
Antes de tudo, é importante destacar que, agora, a autarquia pode, inclusive, programar uma data anterior a esses 120 dias para a cessação do benefício, sempre de acordo com a análise do caso.
Por isso, a nova norma traz mudanças no cotidiano dos segurados, que precisam ficar atentos aos novos prazos. Ainda assim, a legislação prevê direito à solicitação de manutenção do benefício, caso a incapacidade persista.
Como funciona o auxílio-doença após a decisão?
O auxílio-doença, atualmente chamado de Benefício por Incapacidade Temporária, garante cobertura ao trabalhador formal que esteja contribuindo regularmente com o INSS.
A partir da decisão, o benefício pode ser encerrado automaticamente na data definida pelo órgão. Em contrapartida, caso o segurado perceba que não está apto para retornar ao trabalho, ele precisa pedir a prorrogação antes que o prazo termine.
Solicitação de prorrogação
Quem deseja estender o benefício deve iniciar o pedido de prorrogação pelo portal Meu INSS ou presencialmente, apresentando laudo e documentação atualizada.
Logo após a solicitação, será marcada nova perícia. Caso o pedido não seja realizado dentro do período determinado, ocorre o encerramento automático, deixando o trabalhador desassistido.

Direitos e preocupações dos segurados
Muitas dúvidas surgem entre os trabalhadores sobre a proteção garantida pelo benefício. Segundo o voto do ministro Cristiano Zanin, relator do caso, não houve alteração substancial na proteção prevista pela Constituição para trabalhadores formais com incapacidade temporária.
Por outro lado, organizações sociais e advogados reforçam a importância de informar amplamente sobre os novos procedimentos.
- Fique atento aos prazos: Não espere aproximar-se do fim do auxílio para procurar orientação ou solicitar a prorrogação;
- Mantenha os documentos médicos sempre atualizados: Os laudos são essenciais para comprovar a necessidade de continuação do benefício.
Portanto, a informação é a ferramenta mais eficiente para evitar prejuízos causados pelo fim automático.
Papel do INSS com a nova regra
Com essa decisão, o INSS ganha autonomia para estabelecer, já no momento da concessão, uma data limite para encerramento do benefício de incapacidade temporária.
Entretanto, a responsabilidade do órgão não termina aí: deve ser garantida comunicação clara e transparente ao trabalhador, informando a data prevista e orientando sobre como agir em caso de persistência da doença.
Em suma, a expectativa é que o processo se torne mais ágil e eficiente, visando evitar longos períodos de incapacidade sem reavaliação formal, mesmo que esse método gere insegurança em muitos segurados.
Impacto para empresas e trabalhadores
Além das repercussões para o trabalhador, empregadores também precisam redobrar a atenção. Como resultado, a reintegração precoce de funcionários pode gerar desconforto e riscos, caso o trabalhador ainda não tenha recuperado plenamente a saúde. Por isso, o diálogo entre empresas e colaboradores, aliado a acompanhamento médico contínuo, é fundamental para prevenir disputas e novos afastamentos.
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Como agir diante do fim automático do benefício
Enquanto isso, quem recebe o auxílio pode se antecipar e buscar auxílio jurídico ou de associações de classe caso se sinta prejudicado pelo fim automático. Documentar todo o processo e manter registro das interações com o INSS são atitudes que ajudam, caso seja necessário recorrer da decisão ou pedir nova análise.
Possíveis desafios e pontos de atenção
A medida gera questionamentos sobre a capacidade do sistema em lidar com pedidos de prorrogação, já que a demanda por novas perícias tende a aumentar nos próximos meses. Além disso, trabalhadores que não têm acesso fácil à informação digital podem enfrentar maiores dificuldades com os prazos e procedimentos exigidos.
Por fim, é recomendável buscar orientação regular e acessar canais oficiais para tirar dúvidas e acompanhar modificações na legislação ou interpretações do poder judiciário.
O maior desafio a partir de agora será o equilíbrio entre agilidade no sistema e a efetiva proteção social ao segurado. O STF reforçou que a previsão de cessação automática não restringe, por si só, o direito ao benefício – desde que o trabalhador cumpra as etapas necessárias para solicitar revisão ou prorrogação dentro do prazo.
Portanto, informação correta e acompanhamento mútuo entre trabalhadores, empresas e profissionais de saúde são medidas fundamentais para que a transição ocorra de maneira adequada no cenário brasileiro de 2025.
A seguir, saiba sobre os descontos indevidos do INSS: