O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos anunciou nesta semana a divisão oficial dos cargos da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2) em nove blocos temáticos.
A organização do certame será feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV), e o edital completo será publicado nos próximos dias.
A novidade reforça a proposta de facilitar a escolha dos candidatos, permitindo que cada pessoa selecione o bloco mais compatível com sua formação e trajetória profissional.
Os blocos temáticos do CNU 2025
Os cargos foram organizados em áreas de atuação semelhantes. Veja como ficaram os blocos:
- Seguridade Social: Saúde, Assistência Social e Previdência
- Cultura e Educação
- Ciências, Dados e Tecnologia
- Engenharias e Arquitetura
- Administração
- Desenvolvimento Socioeconômico
- Justiça e Defesa
- Intermediário – Saúde (nível médio)
- Intermediário – Regulação (nível médio)
Segundo o MGI, a estratégia de agrupamento permite que os candidatos disputem múltiplos cargos dentro do mesmo bloco, definindo a ordem de preferência no momento da inscrição.
“Isso amplia as chances de aprovação e melhora o alinhamento entre o perfil dos aprovados e as políticas públicas a serem executadas”, diz nota da pasta.
Como será o concurso
O “Enem dos Concursos”, como ficou conhecido, vai oferecer 3.652 vagas em 36 órgãos federais, com provas aplicadas em 228 municípios, em locais com distância máxima de 100 km da residência do candidato.
Do total de vagas, 3.144 são para nível superior e 508 para nível intermediário.
Serão 2.480 vagas para provimento imediato e 1.172 para cadastro de reserva, com possibilidade de nomeação no curto prazo.
O cronograma final
O concurso será dividido em duas etapas de avaliação. Confira o cronograma previsto:
- Publicação do edital: julho de 2025
- Inscrições: segunda quinzena de julho
- Prova objetiva: 5 de outubro de 2025
- Prova discursiva: 7 de dezembro de 2025
- Resultado final: fevereiro de 2026
Candidatos aprovados na primeira etapa serão convocados para a fase discursiva. Para alguns cargos, também haverá avaliação de títulos.
Onde encontrar mais informações
Para facilitar a consulta, o governo disponibilizou um site oficial do CNU 2025, com todos os detalhes do concurso.
A orientação é que os interessados acompanhem os canais oficiais para não perder nenhuma atualização sobre o edital, cronograma e procedimentos de inscrição.
Lula elevou patamar de cotas
Em uma cerimônia fechada no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou recentemente a lei que amplia o percentual de cotas raciais em concursos públicos federais.
A reserva, antes de 20%, passa a ser de 30% das vagas destinadas a pessoas negras. A nova legislação também inclui indígenas e quilombolas no sistema de cotas, adotando modelo semelhante ao utilizado nas universidades federais.
A medida vale para concursos de órgãos do governo federal, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.
Durante a solenidade, Lula afirmou que o objetivo da lei é garantir uma administração pública mais representativa da população brasileira:
“Ainda temos poucas mulheres, ainda temos poucos negros, ainda não temos quase que nenhum indígena. Isso é resultado de uma briga que a gente precisa fazer todo santo dia”, declarou o presidente.
A validade da lei será de 10 anos, com revisão prevista para 2035. Candidatos que se autodeclararem pretos ou pardos poderão concorrer também na ampla concorrência.
Os editais deverão prever procedimentos de verificação da autodeclaração racial, com base em características fenotípicas.
O sistema de cotas raciais nos concursos públicos foi instituído em 2014, com prazo até junho de 2024. A nova legislação garante sua continuidade, com ajustes no alcance e no período de vigência.

Novos concursos
O presidente Lula também também sancionou recentemente a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, abrindo caminho para um verdadeiro pacote de oportunidades em concursos públicos.
A Lei Orçamentária Anual nada mais é do que o Plano de Orçamento para 2025. Trata-se de um documento que estabelece todas as previsões de gastos do poder executivo para o ano, incluindo as despesas para concursos públicos.
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