Muito antes das grandes bibliotecas, dos pergaminhos espalhados pelo mundo antigo e da popularização dos livros impressos, já existiam registros que atravessariam séculos e mudariam a história da humanidade.
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Um deles pertence à obra mais lida e popular de todas: o primeiro livro da Bíblia, escrito por volta de 1400 a.C. — um período em que as palavras eram transmitidas com enorme cuidado, preservando histórias, ensinamentos e tradições de diversas culturas.
Mas você sabe qual é esse livro? Além de ser um dos textos mais antigos já documentados, ele marca o início de uma coleção de escritos que moldaram crenças, valores e a própria visão do ser humano sobre sua origem e propósito.
E aí, vamos descobrir juntos? Confira mais sobre esse material abaixo.
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Qual é o livro mais antigo da Bíblia?
Os estudiosos ainda não chegaram a um consenso a respeito de qual seria o livro mais antigo da Bíblia. Foto: Reprodução / Pexels
Antes de mergulharmos na resposta, é importante entender a grandiosidade da própria Bíblia.
Muito mais do que um livro único, ela é uma coletânea de textos escritos ao longo de aproximadamente 1.500 anos, reunindo diferentes autores, estilos literários e contextos históricos.
De narrativas épicas a poesias, de leis a cartas pessoais, a Bíblia se construiu como o alicerce espiritual de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Dividida entre Antigo e Novo Testamento, suas páginas contam a trajetória da humanidade em sua relação com o divino, desde a criação do mundo até os primeiros passos da Igreja Cristã.
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Cada livro carrega não apenas histórias, mas também marcas do tempo em que foi escrito — o que nos leva à pergunta mais fascinante de todas que tentamos responder hoje. Entre tantos textos, qual seria o mais antigo?
Gênesis: o início da narrativa
Gênesis é, sem dúvida, o livro que inicia a narrativa bíblica. Nele estão registradas as histórias do mundo, da queda do homem, do dilúvio e da formação dos primeiros povos.
Segundo a tradição judaico-cristã, o autor de Gênesis teria sido Moisés, que teria escrito o texto entre 1440 e 1400 a.C., período em que liderou o povo de Israel no deserto.
O objetivo de Moisés não era apenas contar o passado, mas também mostrar ao povo de Israel suas origens e o plano de Deus para a humanidade.
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E é por isso que muitos estudiosos consideram Gênesis o primeiro livro da Bíblia — pelo menos em importância e em cronologia. Mas nossa busca não acaba aqui.
Jó: um livro ainda mais antigo?
Apesar da lógica de Gênesis ser o “primeiro”, muitos estudiosos defendem que o livro de Jó pode ser ainda mais antigo em termos de escrita.
A história de Jó, um homem justo que enfrenta intensos sofrimentos, apresenta características de um período muito primitivo.
Nela, não há referências nem mesmo à Lei de Moisés, ao sistema de sacrifícios instituído depois do Êxodo, nem a qualquer estrutura religiosa organizada — todos sinais de que os eventos e a redação de Jó podem ter ocorrido em uma época anterior.
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Além disso, o estilo do hebraico utilizado em Jó é considerado ainda mais arcaico, e a forma como a riqueza é descrita (em termos de animais e servos, por exemplo) remete aos tempos dos patriarcas, como Jacó, Abraão e Isaac.
Esses elementos sugerem que Jó poderia ter sido escrito entre 1.900 e 1.700 a.C., talvez sendo contemporâneo ou até anterior a Abraão.
E o veredito?
Embora haja boas evidências para ambos os lados, não existe um consenso definitivo. Mesmo assim, a maioria dos estudiosos concorda que:
- Gênesis é o primeiro livro em termos de narrativa e organização dentro da Bíblia.
- Jó pode ser o primeiro livro em termos de escrita, surgindo em uma época em que as práticas e a cultura eram bem diferentes daquelas do povo hebreu já estabelecido.
Ou seja: tudo depende do ponto de vista que se adota. Seja como for, seja em Gênesis ou em Jó, o mais impressionante é como esses textos atravessaram milênios e continuam, até hoje, inspirando milhões ao redor do mundo.
